A Era de Ouro dos Quadrinhos é Agora!?!
Fala Pessoal,
Publiquei anteriormente, posts com palavras de incentivo a novos autores e desenhistas de quadrinhos. Como o post sobre as Tartarugas Ninja. Mas, há de se resaltar a dificuldade de se publicar quadrinhos no Brasil.
Por isso, estou colocando aqui um post do Site Em Quadrinho que fala sobre essas dificuldades. Mas, não é minha intenção ser contraditório incentivando e desestimulando algum tempo depois. Assim, também coloquei um video do programa Grampo da MTV, que nos dá alguns estimulos que devem ser levados em consideração. Vocês vão ver comentários como: "os quadrinho no Brasil sempre seguiram um ciclo de altos e baixos, mas agora parece que não vai haver a queda". E isso é realidade, o reconhecimento dos quadrinhos como literatura é notorio. Inclusive já falei sobre isso no post Quadrinho é Literatura.
Assim, se existiu uma época favorável para o surgimento e produção de bons quadrinho nacionais, essa época é agora.
Cabe a nós, autores e desenhistas, fazermos a nossa parte divulgando o nosso trabalho, e forçando as editoras no Brasil a reconhecerem que não precisamos sair do país para publicar nossos trabalhos. Que temos aqui uma demanda reprimida que deseja se reconhecer naquilo que lê.
Um grande abraço a todos e divirtam-se.
Luiz Augusto de Souza
Ler um quadrinho brasileiro é mais barato no exterior.
Dizem
que querem incentivar os quadrinhos nacionais. Publicam aqui artistas
que atualmente fazem carreira com trabalhos autorais no exterior. Mas o
absurdo e prova do desrespeito ao leitor brasileiro é o preço.
Anos
atrás Rafael Grampá publicou por conta própria o gibi Mesmo Delivery e
levou para os EUA, ele chamou a atenção de artistas e editoras, vendeu
os direitos para o cinema e ganhou o Prêmio Eisner pela coletânea 5, de
que participou. A fama fez com que Mesmo Delivery fosse publicado no
Brasil pela editora Desiderata.
Mas o bizarro da situação foi que
aqui a Graphic Novel era mais cara do que nos Estados Unidos, país
onde, não preciso nem dizer, a população tem muito mais renda. Com a
palavra o próprio artista, na revista O Grito.
"Mais
de um mês depois, Mesmo chegaria ao Brasil, pela editora Desiderata,
que mesmo sem falar em números exatos afirma que foi um de seus
livros que mais vendeu. “Quando lançei o gibi aqui minha vida já tinha mudado bastante, por conta de todo esse hype, do Eisner”, recorda Grampá. Mesmo tendo “vendido pra caralho”, Grampá discorda do preço, muito salgado para o mercado nacional. “Não aguento esse papo cansado de que HQ não vende. Acho que o editor tem que fazer a parte dele”, reclama. “Os
editores sabem que ganham na quantidade da venda, por isso eles
fazem uma base de lucro que não leva em conta que se o preço fosse baixo
venderiam mais”. Grampá entregou a arte de seu livro pronta, sem receber adiantamento de produção. “Eles botam 40 paus pra que? Pra não vender”. A edição norte-americana, pela ADHouse Books custa 12,50 dólares."
Publicado originalmente no Site Em Quadrinho em 15/09/2011
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